Samba o Ritmo Negro
- thg
- 10 de jan. de 2016
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O africano que veio escravizado e foi vendido sob os golpes da chibata por ocasião da colonização. A melodia negra muito desenvolvida, mas a sua riqueza musical; vem do ritmo, que era muito variado. Utilizavam instrumentos de percussão de tibres diversos, bate-mao (palmas) e vozes.
Nascia o Samba
O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgida no Brasil. O nome "samba" é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançado.
O samba provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganhou novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então). Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem a ao samba moderno.
A partir de 1910 que começaram a surgir no Brasil às primeiras gravações usando a designação samba; segundo Luis da Câmara Cascudo em seu dicionário do flocore brasileiro provem de (semba), umbigada em Luanda. Que quer dizer o ponto culminante desta dança Africana.
Como sabemos, durante a escravidão vieram centenas de escravos da África para o Brasil. Estes escravos a golpes de chicotes eram submetidos a trabalhos pesados em fazendas. Ao entardecer reuniam-se nas senzalas onde executavam musicas e danças de sua terra de origem.
Os anos foram passando, veio à abolição dos escravos, mas a sua musica e danças continuam a ser praticada entre eles. Ao que tudo indica, foi na Bahia onde começaram a surgir às primeiras sessões de samba, isto e danças de negros.
Mais tarde baianas como Tia Ciata e Tia Amélia (mãe de Donga) e muitas outras e também baianos vieram todos de mudança para onde antes era nossa capital: Rio de Janeiro, e lá continuaram a se reunir em sua casa para sessões de samba.
O primeiro samba de sucesso foi porem, o samba de nome (pelo telefone), de Donga e Mauro de Almeida, lançado para o carnaval de 1917. (pelo telefone) surgiu na casa de tia Ciata na qual se reuniam os (bambas), ou seja, a nata do samba.
O samba que se fez inicialmente era um samba bem diferente do chamado clássico e moderno de hoje.; Era um samba batucado chamado (samba de morro) - cultivado somente pela classe desfavorecida, ou seja, pelos negros do morro da zona da saúde no Rio de Janeiro.
Pixinguinha (1897/1973)
No dia 23 de abril de 1898 nasce Alfredo da Rocha Viana Jr, recebendo cedo o apelido de Pixinguinha. Filho de flautista, Pixinguinha, nasceu e cresceu em ambiente musical. Instrumentistas, compositor e chefe de orquestra e tudo isso de forma genial e o que podemos dizer de Pixinguinha.
Aos 14 anos , ou seja, em 1912, Pixinguinha fez sua estréia como musico profissional em uma casa de chope da lapa, denominada (A Concha), Pixinguinha organizou um conjunto que se tornaria famoso: (Os Oitos Batutas) foi um sucesso; verdadeira multidão se comprimiu logo em frente ao cinema em que se apresentaram, para vê-los e ouvi-los.
Ernesto Nazaré saia de seu emprego no Cinema Odeon e ia apreciá-los, Rui Barbosa também era freguês dos oito batutas no palaise e pedia sempre que tocassem (Bem te-vi) de Catulo da paixão cearense.
O high society descobre ai os oito batutas e passa a convidá-los para animar suas festas.
Em fins de 1922 embarcaram rumo a Paris.
Lá estréia no (scheherazade) e fazem durante seis meses um sucesso memorial na Cidade Luz. Em 23 escreve uma das suas obras primas: o choro (carinhoso). Começa a época dos jazz-bands e os oitos batutas apresentam-se cada vez mais raramente. Em 1926 Pixinguinha vai reger a orquestra do teatro Rialto. Em 1932 organiza o grupo da guarda velha passa a acompanhar os grandes cantores da Victor da época. Carmem Miranda, Mario Neves, etc.
Em fins de 32, com o pessoal da guarda velha, forma na Victor o conjunto (Diabos do Céu). Pixinguinha participou do inicio do radio no Brasil, tendo atuado praticamente em todas as emissoras cariocas. Em 1946 sentido que suas mãos começavam a ficar tremulas, trocou definitivamente a flauta pelo saxofone-tenor.
Em 1962 e convidado para escrever o (score) musical do filme brasileiro (sol sobre alama), fato que determinou o nascimento de uma nova dupla. Pixinguinha e Vinicius de Morais. Faleceu em 17 de fevereiro de 1973.
Jorge Duílio Lima Meneses ( 22 de março de 1942)

Dia 22 de janeiro de 1942 nasce no Rio de Janeiro Jorge Ben, compositor, violonista e interprete, criador de um estilo próprio de samba. Jorge Ben influenciou a musica brasileira nos últimos anos, e dos vários caminhos que surgiram depois da Bossa Nova, o seu foi um dos mais importantes. Sua principal característica e a simplicidade mágica de suas linhas melódicas bem como nos seus versos puros e ingênuos.
Podemos considerar Jorge Ben o (primitivista) da nossa musica popular. Jorge Ben e um dos compositores brasileiros cuja musica são mais gravadas no exterior. (Mas que nada) possui, cerca de 200 gravações diferentes em todo mundo. Em 1965 recebeu uma bolsa de estudo do Ministério das Relações Exteriores para se apresentar nos Estados Unidos em diversas universidades. Fixou-se em São Paulo, na fase áurea da TV Record, voltando a obter enorme êxito. Suas musicas de sucesso foram: Zazueira, Que maravilha, Pais Tropical, Cadê Teresa, Criola, Chove Chuva e Domingas. Esta ultima pela primeira vez na historia do MIDEM (Mercado Internacional do Talento e Edições Musicais em Cannes,, Franca).a Era torcedor Fanático do Flamengo Futebol Clube.
Cartola (1908/1980) Um dos melhores sambistas do Brasil, autor do clássico As Rosas não falam. Também um dos fundadores da agremiação verde-e-rosa.
Mussum (1941/1994)
Integrante dos Trapalhões - o quarteto de atores/comediantes que divertiram a infância de muitas gerações -, Mussum era uma das figuras mais amadas no meio artístico. As crianças adoravam o jeitão malandro de Mussum, vidrado num samba, num "mé" e em mulher. O carioca e mangueirense fez parte, ainda, do grupo musical Originais do Samba, popular na década de 60
Zé Ketti (1921/1999) O compositor carioca Zé Ketti cantou o morro, as injustiças sociais, a malandragem e seus amores em cancões inesquecíveis como Máscara Negra e A Voz do Morro. Esta última foi composta em 1954 para a trilha musical do filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, no qual participava também como ator. Três anos depois, o diretor de cinema mais uma vez utiliza canções de Zé Ketti em Rio Zona Norte. Outro momento notável de sua vida foi durante o ano de 1964, quando integrou o elenco do show Opinião - marco da resistência política-cultural à ditadura. Jovelina Pérola Negra (1944/1998)

Cantora e compositora carioca, considerada pela crítica e fãs a grande dama do pagode e a herdeira musical de Clementina de jesus
Ismael Silva ( 1905/1978)
No dia 14 de setembro de 1905 nascia Ismael Silva em jurubatuba, Niterói. Aos três anos se transferiu para a capital Federal, exatamente para Estácio, onde mais tarde fundou a primeira escola de samba. Seu pai era cozinheiro de um hospital. Em catumbi havia composto aos 15 anos de idade seu primeiro samba: com o nome (Já Desisti), nunca gravado. Ismael reunia-se sempre com o resto da rapaziada no Café Apolo. Quase todos os Sábados e Domingos iam para Mangueira, favela do Salgueiro, e às vezes, para o Morro de São Carlos. O Estácio era então o agrupamento mais solicitado em todos os bairros. Em 1928 Ismael e sua roda de samba do Estácio resolveram fundar a primeira Escola de Samba: (Deixa Falar) que saiu pela primeira vez no carnaval de 1929. Nos anos trinta, Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive coma introdução de novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de "música oficial" do Brasil. Nos anos seguintes o samba se desenvolveu em várias direções, do samba canção bossa nova, criado por membros da classe média, dentre eles João Gilberto e Antonio Carlos Jobim. Nos anos sessenta os músicos da bossa nova iniciaram um movimento de resgate dos grandes mestres do samba. Muitos artistas foram descobertos pelo grande público neste momento. Nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Clementina de Jesus gravaram os seus primeiros discos. Nos anos setenta o samba era muito tocado nas rádios. Compositores e cantores como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho dominavam as paradas de sucesso. No início da década de 1980, depois de um período de esquecimento onde as rádios eram dominadas pela música de discoteca e pelo rock brasileiro, o samba reapareceu no cenário brasileiro com um novo movimento chamado de pagode. Nascido nos subúrbios cariocas, o pagode era um samba renovado, que utilizava novos instrumentos, como o banjo e o tantã, e uma linguagem mais popular. Os nomes mais famosos foram Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Grupo Fundo de Quintal, Caras de Pau, Jorge Aragão e Jovelina Pérola Negra. Em meados de 1998 surgiu uma tendência para o samba que agora seguiria para direção das influências das músicas caribenhas. Nesse tempo, bandas baianas e também cariocas laçaram novidades como o Samba-reggae, hoje a principal variante do Pagode baiano. Assim, tanto o Samba de Roda quanto a Axé Music, estavam caminhando para a decadência e com pouca vendagem de discos. No início do Século XXI, em concorrência com a popularidade dos Pagodes carioca e paulista, o Samba-reggae, um gênero originalíssimo, tem ganhado popularidade. Grandes bandas tem mantido o estilo como Olodum, Terra Samba, Refla, Cidade Negra e até o Só Pra Contrariar. Atualmente o Samba é o gênero musical mais popular no Brasil e também popular em outras regiões do mundo como no Japão. Alguns artistas brasileiros como Nelson Sargento, Monarco e Wilson Moreira produzem Samba para japoneses. Hoje é a forma de samba que se difunde entre as periferias dos centros urbanos do Brasil, surgida nos anos 80 com a introdução de três novos instrumentos, o banjo, o tantan e o
repique de mão. Usualmente é cantado por uma pessoa acompanhada por cavaquinho, violão e pelo menos por um pandeiro. As letras são descontraídas, falam normalmente de amor ou qualquer situação engraçada. Quase sempre as letras não tem grande expressão, sendo maior preocupação a aliteração do que o conteúdo. Artistas famosos: Raça Negra, Caras de Pau, Katinguelê, Sorriso Maroto, Revelação, Jeito Moleque, Fundo de Quintal.
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