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O HIP HOP no Brasil

  • thg
  • 7 de jan. de 2016
  • 7 min de leitura

Movimento Rap no Brasil No Brasil, o Hip-Hop chegou no início da década de 80 por intermédio das equipes de baile, das revistas e dos discos vendidos na 24 de Maio (São Paulo). Os pioneiros do movimento, que inicialme

nte dançavam o Break, foram Nelson Triunfo, depois Thaíde & DJ Hum, MC/DJ Jack, Os Metralhas, Racionais MC's, Os Jabaquara Breakers, Os Gêmeos e muitos outros. Eles dançavam na Rua 24 de Maio, mas foram perseguidos por lojistas e policiais; depois foram para a São Bento e lá se fixaram. Houve um período de divisão entre os breakers e os rappers, os primeiros continuaram na São Bento, os outros foram para a Praça Roosevelt. O Rap, a principio chamado de "tagarela", ascende e os breakers formam grupos de Rap. Em 1988 foi lançado o primeiro registro fonográfico de Rap Nacional, a coletânea "Hip-Hop Cultura de Rua" pela gravadora Eldorado. Desta coletânea participaram Thaide & DJ Hum, MC/DJ Jack, Código 13 e outros grupos iniciantes. OS PIONEIROS

Dupla pioneira do hip hop brasileiro Thaíde (Altair Gonçalves) e DJ Hum (Humberto Martins) se conheceram em uma festa na década de 80, em São Paulo. Hum animava noites em diversas casas noturnas como DJ e Thaíde era dançarino de break. A primeira coletânea da qual participaram foi "Hip Hop Cultura de Rua"... O rap surgiu no Brasil em 1986, na cidade de São Paulo. Os primeiros shows de rap eram apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ Theo Werneck. Na década de 80, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia. Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo. Os primeiros rappers a fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum. Logo a seguir começam a surgir novas caras no rap nacional : Racionais MCs, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Câmbio Negro, Xis & Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador. No princípio, era o verbo, E a ele foi acrescentada à batida essencial. Estava criado o rap, um gênero musical que nasceu nos guetos americanos e ganhou o mundo. E por aqui, em terras brasileiras, só poderia acabar em um lugar. E nenhum lugar teria tanto material para o rap como a periferia de São Paulo, onde violência e pobreza, paradoxalmente, se confundem com alegria e orgulho. Foi em lugares assim que nasceu a dupla Thaíde & DJ Hum. Eles começaram a trilhar o caminho das pedras em meados dos anos 80, Mas, até chegar ao primeiro disco, muita água rolou. Thaíde, antes de receber seu nome de guerra, era Altair, ou Taí, para familiares e amigos. Um garoto da Vila Missionária, bairro barra-pesada da Zona Sul paulistana. Como qualquer menino pobre, Taí cresceu em meio à violência e pobreza. Era um garoto esperto e, com o passar dos anos, começou a notar coisas estranhas ao seu redor. Por que as pessoas como ele, a nossa gente, sofriam mais do que aquelas mais ricas, que ele via na tevê ou nas regiões mais nobres da cidade? Ao mesmo tempo em que era assaltado por essa dúvida, Taí tomava contato com o lado lúdico da periferia: os bailes animados, cuja trilha sonora era o funk e a soul music; Cresci ouvindo minha família falar dos bailes, Eu ouvia algumas coisas no rádio e, de vez em quando, via o Toni Tornado aparecendo na tevê. Mas, quando veio o samba-soul, é que tive certeza de tudo aquilo que eu pensava. Então, Taí deixou de ser um garoto e começou a freqüentar bailes, dançar soul com passos coreografados e curtir James Brown. Foi um amigo seu que um dia lhe deu um toque: Pô, mano, esse nome aí é meio embaçado, sabe. Tem começo, mas não tem fim, fica no meio. Tem que ter um fim nesse nome. Você tem que ter um nome forte, que imponha respeito. Tem que ser Thaíde! Thaíde passou a freqüentar a Estação São Bento do Metrô, ponto de encontro dos adeptos daquela cultura emergente. assim como todos naquele local, ele tinha sede de informação.

Gradativamente, Thaíde percebeu que podia expressar suas dúvidas e opiniões através do rap. Ele começou a criar rimas e a colocar no papel suas idéias, se juntou a alguns amigos e formou uma equipe de dança, a Back Spin Break Dance. Surge um DJ. Enquanto Thaíde fazia suas descobertas no circuito entre a Zona Sul e o Largo São Bento, do outro lado da Grande São Paulo, em Ferraz de Vasconcelos, o garoto Humberto Martins descobria sua vocação musical. Ele amava James Brown e todo aquele funk dos anos 70. Tanto que começou a animar festinhas da região. Rapidamente, tornou-se um DJ requisitado. Quem estivesse a fim de uma festa animada tinha de chamar o DJ Humberto, ou melhor, DJ Hum. Quando começou , a fazer bailinhos, ele trabalhava com um três-em-um, dá pra acreditar? Carreguou muita caixa nas costas, fez muitos bailes, sem receber nada. Mas ele acreditava na força de vontade, porque foi com persistência que conheceu o cara que me levou pra tocar no Archote (uma badalada casa noturna no agitado bairro do Ibirapuera), e foi aí que ele conheceu o Thaíde. A casa não durou muito e, DJ Hum ficou algum tempo sem se encontrar com Thaíde. Como aficionado da cultura hip hop, DJ Hum só poderia convergir para um ponto: a estação São Bento do metrô. Foi lá que ele fez amigos, trocou informações e descobriu alguns segredos da discotecagem. A estação São Bento foi o local em que todas as pessoas e todos os elementos do hip hop se juntaram. Naquela época, quando você estava na São Bento, você estava no templo do hip hop, em São Paulo. DJ Hum só reencontraria Thaíde novamente dois anos depois . Os dois acabariam fazendo uma parceria para se apresentar na histórica festa My Baby, no Teatro mambembe. Dj hum ficou arranhando uns discos e o Thaíde lá, nem sabia cantar direito ainda, apesar do primarismo da performance, a dupla agradou bastante. Tanto que, nos camarins, foram procurados pelos produtores do evento, Nasi e André (ambos integrantes do grupo Ira1) e Scowa (líder do Scowa & a Máfia). Nessa mesma noite, também foram convidados pela gravadora Warner para fazer um disco. Não aceitaram, mas resolveram que dali por diante seriam parceiros. Vamos ser negros por inteiro, mas, por favor, respeitando o irmão claro que está do seu lado torcendo pra você vencer Desde seu surgimento, nos anos 70, numa Nova Yorque violenta como nunca, o rap impôs a discussão de questão negra. Os Estados Unidos viviam então a ressaca de conflitos raciais que incluíram desde o pacífico movimento pelos direitos civis de Marti Luther King até a militância armada dos Panteras Negras. No Brasil, o debate se intensificou após a projeção do grupo americano Public Enemy, na segunda metade dos anos 80. Seus clipes mostraram um novo mundo de idéias para os rappers brasileiros. Grupos como Racionais e DMN admitem Chuck D & Cia. como influência maior. Os ícones Malcolm X e Martin Luther King tornaram-se leitura de cabeceira. Racionais MC's é um grupo de rap formado por Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira), Ice Blue (Paulo Eduardo Salvador), Edi Rock (Edivaldo Pereira Alves) e KL Jay (Kleber Geraldo Lelis Simões) em 1988 na cidade de São Paulo. Usando a linguagem da favela do Morro do Piolho, com expressões típicas das comunidades pobres da cidade de São Paulo, as letras do grupo fazem um discurso contra a opressão à população marginalizada na periferia de São Paulo e procuram passar uma postura contra a submissão e a miséria. Apesar de atuar essencialmente na periferia paulistana e de não fazer uso de grandes mídias como TVs abertas e mesmo de se recusar a participar de grandes festivais pelo Brasil, o grupo vendeu durante a carreira cerca de 1 milhão de cópias de seus álbuns. Tudo começou por volta de 1988, quando KLJay e Edy Rock da Zona Norte, Brown e Ice Blue da Zona Sul se encontraram num miniestúdio do produtor Milton Salles. No começo eles participaram de uma das primeiras coletâneas da Zimbabwe - "Consciência Black" - graças a uma boa colocação em um dos concursos dessa equipe. Mas antes disso, Brown e Ice Blue já participavam dos bailes da Chic Show (lembra dos bailes que ela fazia no Palmeiras ?), enquanto Edy Rock e KLJay emplacavam nos bailes black a música "Tempos Difíceis". Depois eles começaram a fazer bailes com a Zimbabwe e prepararam o terreno para lançar o primeiro LP : "Holocausto Urbano".

"Holocausto Urbano", lançado em 1990, continha os sucessos "Tempos Dificeis", "Pânico na Zona Sul", "Hey Boy", "Beco sem Saída", "Racistas Otários" e o maior sucesso da época "Mulheres Vulgares".Dois anos depois, o primeiro disco solo, "Holocausto Urbano" levou o grupo a fazer uma série de shows pela Grande São Paulo, tornando-o mais conhecido. Em 1991 abriram para o show do grupo norte-americano Public Enemy, um dos pioneiros e mais famosos grupos de hip hop. A partir de 1992 os integrantes dos Racionais passaram a desenvolver um trabalho voltado para comunidades pobres da periferia, fazendo palestras em escolas sobre drogas e violência policial, racismo e outros temas. Com essas músicas eles alcançaram o topo das paradas de sucesso e a idolatria de todo o povo da periferia paulistana.

Um dos principais grupos de rap e hip hop brasileiros, surgiu no final da década de 80 na periferia de São Paulo com um discurso contra a opressão às populações marginalizadas nas grandes metrópoles brasileiras. A primeira gravação foi em 1988, na coletânea "Consciência Black". Dois anos depois, o primeiro disco solo, "Holocausto Urbano" levou o grupo a fazer uma série de shows pela Grande São Paulo, tornando-o mais conhecido. Em 1991 abriram para o show do grupo norte-americano Public Enemy, um dos pioneiros e mais famosos grupos de hip hop. A partir de 1992 os integrantes dos Racionais passaram a desenvolver um trabalho voltado para comunidades pobres da periferia, fazendo palestras em escolas sobre drogas e violência policial, racismo e outros temas. Combativos, em suas letras procuram passar uma postura até mesmo agressiva contra a submissão e a miséria, usando a linguagem da periferia, com gírias e expressões típicas. No final de 1994 um show no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, acabou em confusão e quebra-quebra quando os integrantes do grupo foram presos pela polícia sob acusação de incitação à violência. A violência policial é um dos temas mais constantes nas letras dos Racionais. O disco "Sobrevivendo no Inferno" levou o sucesso do grupo a um outro patamar, alcançando a marca das 500 mil cópias vendidas. No entanto, o conjunto adota uma postura dúbia em relação à mídia e à indústria fonográfica, que dizem ser parte do sistema que combatem. Algumas músicas dos Racionais são "Fim de Semana no Parque", "Pânico na Zona Sul"; Mulheres Vulgares", "Hey Boy", "Diário de um Detento", "Fórmula Mágica da Paz", "Homem na Estrada". A formação do grupo é com Mano Brown, Edy Rock, Ice Blue e Kl Jay.


 
 
 

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